Na saga por competitividade no acirrado ambiente digital, organizações midiáticas desenvolvem diferentes formatos de assinatura, experimentam mais em soluções tecnológicas e tentam explorar vertentes como commerce, sem perder a identidade e a credibilidade de suas marcas. Paralelamente, plataformas propõem novas ferramentas para produtores de conteúdo distribuírem e monetizarem seus projetos.
Esses foram alguns dos temas destacados pelo SXSW 2022 nos painéis sobre comunicação. Neste ano, o maior festival de inovação do mundo aconteceu entre os dias 11 e 20 de março. Como sempre, foi sediado em Austin (Texas, EUA). A GoAd Media fez uma potente e inspiradora curadoria de temas, tendências e cases do festival. Esse conteúdo será apresentado em formato de white paper e palestras in company, que podem ser contratadas sob demanda.
Confira, a seguir, key insights apresentados no SXSW com relação à diversificação dos modelos de negócio de publishers e creators profissionais.
Multibrand portfolio
Esse é o modelo adotado pela Vox Media, que se fortalece com a recente aquisição da Group Nine. Por meio de uma gama diversa de marcas editoriais, a organização procura expandir e otimizar as oportunidades de monetização e relacionamento, tendo em vista o desafio de manter uma atuação consistente com cada produto e perfil de audiência. Entre as variadas fontes de receita do grupo estão assinaturas, comércio afiliado, branded content, conteúdo para plataformas de streaming,publicidade, eventos e ad marketplace.
“Nosso negócio é construído em torno de uma gama de diferentes e fortes marcas, e da monetização desses relacionamentos por meio de uma variedade de meios”
Pam Wasserstein, presidente da Vox Media
Soluções digitais
A Axios é uma das organizações midiáticas que passou a comercializar soluções digitais como fonte extra de receitas. Há cerca de um ano, o grupo lançou o Axios HQ, software para comunicação interna em empresas. Já com 250 clientes, sua meta é chegar a 600 até o fim do ano. Uma ressalva feita para iniciativas nessa área é a de que empresas de mídia continuam sendo exatamente isso, empresas de mídia, e não de tecnologia.
VC: foco em audiências mal-atendidas
O que busca um investidor de venture capital no ecossistema de mídia? Demandas não atendidas e insights singulares sobre o setor. É isso o que está na mira de Charles Hudson, fundador e managing partner da Precursor Ventures. Ele citou como exemplo o investimento da empresa na Juggernaut, publicação com foco em pessoas e temas relacionados ao sul da Ásia, criada em 2019. “Como ninguém havia criado algo equivalente ao Business Time para essa audiência?”, questionou?
“Estou sempre procurando demandas não atendidas e insights singulares sobre o setor”
Charles Hudson, fundador da Precursor Ventures
Premium subscribers
No campo das assinaturas, uma estratégia dos games que pode ser tomada como referência por publishers é o equilíbrio entre conteúdo gratuito e foco prioritário em assinantes premium. Esse foi um dos insights trazidos por Hudson, da Precursor Ventures. “Quando você olha para a monetização de games digitais gratuitos, há cerca de 3% a 5% das pessoas pagando uma quantidade quase ilimitada de dinheiro”, explicou.
Mais interatividade no streaming
Voltada para creators profissionais, a plataforma Fireside busca intensificar a interação entre produtores de conteúdo e suas audiências. “O que está faltando no ambiente do streaming é participação”, defendeu Mark Cuban, cofundador do negócio, lançado no fim do ano passado.
Na era do metaverso, a plataforma vai condicionar o acesso a determinados conteúdos à compra de NFTs. As ferramentas de produção, distribuição e monetização poderão ser licenciadas, mas, dentro do aplicativo, só haverá espaço para profissionais que passarem pela curadoria da Fireside.
Tem interesse em contratar e levar a palestra SXSW Insights 2022 para sua empresa? Envia um email para contato@goadmedia.com.br que a gente responde assim que possível com os detalhes.