O crescente número de smartphones e, consequentemente, de pessoas conectadas ao redor do mundo traz novos desafios aos profissionais de marketing. As telas dos dispositivos móveis tornam-se extensões da rotina dos consumidores, oferecendo serviços, comunicação instantânea e, claro, oportunidades de negócios. Mas atrair a atenção do usuário de smartphones e tablets não é tarefa fácil. Especialista no tema, o co-fundador da Pontomobi e atual CEO da Isobar Brasil, Leo Xavier, aponta as tendências que estão permeando o mobile marketing.
1 – Multiplicação
Ganha importância a multiplicação das telas. Começamos a ver no mercado nacional outras telas ganhando espaço, além do smartphone. O celular cada vez mais deixa de ser o único protagonista. Os relógios passam a ser uma verdade. Os óculos GR crescem e ganham status de estrelas no portfólio da Samsung. “A beleza do que veremos do cenário é uma complexidade maior por conta de mais telas, mas ao mesmo tempo mais conversas e mais momentos com essas telas extras”, diz Xavier.
2 – Realidade Aumentada
O ano de 2016 é, sem dúvida, o ano da realidade aumentada, dos vídeos 360 graus e das experiências mais imersivas. O YouTube lançou uma ferramenta mais fácil para postar vídeo 360 graus e o Facebook já permite captura e transmissão de imagens nesse formato. “Se já era o desafio entender o corte do filme pro digital, como eu entrego experiências para óculos ou 360 graus que tem custos de produção mais baratos?”, indaga o CEO da Isobar Brasil. Por outro lado, consumidores tem cada vez mais a facilidade de experimentar. “É algo rico que vai ganhar corpo ao longo deste ano”, afirma.
3 – Mobile no centro
Uma das principais tendências de 2016 é o progressivo e inevitável pensamento de mobilidade para o centro de negócios das empresas. Mobile marketing deixa de ser inovação e passa a ser, em muitos negócios, parte das decisões mais importantes das corporações. “O Analytics é o melhor amigo do mobile de agora em diante. Qualquer gestor, quando olha para os números de sua presença digital, aumenta consideravelmente o investimento nas plataformas móveis. Em muitas indústrias, 50% do tráfego online já é proveniente do mobile”, analisa Leo Xavier. Sem dúvida, é preciso repensar a forma como as marcas recebem seus consumidores nos devices móveis.
4 – TI se consolida
O grau de importância que as áreas de tecnologia de informação (TI) ganha no mundo dos negócios é diretamente proporcional ao número de consumidores conectados. Quando olhamos o trade, temos abordagem da TI orientada a negócios. E não somente uma área suporte. “O projeto app Meu Vivo é um exemplo claro disso. A mobilidade é sobre redefinir empresas, processos e marcas. Sem a TI ocupando o protagonismo, nada acontece”, diz Xavier.
5 – Vídeos verticais
É claro que vídeo é o formato de conteúdo que mais atrai audiência na internet. Até aí, nenhuma novidade. O fato que vale atentar aqui é a necessidade de gestores de marketing de entenderem que o consumo de vídeo em mobile é feito na vertical, e não na horizontal. “A Jeep fez um filme feito na vertical, com duas grandes tarjas pretas nas laterais. Gerou estranhamento. A genialidade da agência e do anunciante é porque o filme funcionava muito melhor nos devices móveis do que se fosse feito na lógica do landscape. Sem dúvida a grande multiplicação daquele conteúdo aconteceria nos dispositivos móveis”, finaliza Xavier.
* Texto originalmente produzido para o CMO.com
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