Airbnb quer criativos mais conscientes e a localização extrema para bilhões de pequenas coisas

Veja o que devemos esperar em um mundo onde a tecnologia precisa fazer sentido

O que eu amo do jazz é o fato de que às vezes ele emprega significado a algo que parecia sem sentido. Pense no que tem em comum entre a improvisação de um vocal de jazz e uma criança de três anos que está murmurando. Ambos podem estar criando algo de valor e esse é um dos pilares do jazz. Porque o importante não é o que está sendo dito, mas como. A famosa música de Ellington resume essa ideia bem: não importa o quê, ele deve ter um balanço.

Analogamente, o mundo da tecnologia precisa ter uma certa empatia para realmente fazer sentido. Caso contrário, acabamos desenvolvendo coisas que se tornam obsoletas ou irão embora de forma bem irônica. Ou seja, um equilíbrio constante.

Agora que clareamos as ideias, vamos mergulhar na última seleção de coisas legais que o futurista interno da MediaMonks, Edwin Rager organizou para nós.

1) O retorno do Tamagotchi

Tamagotchi. Lembra-se deles? O brinquedo que agradou gerações inteiras e os fez sentir responsáveis ​​pela primeira vez por outra vida (?) está retornando. Desta vez, obviamente, na forma de um aplicativo.

Com vários complementos e mais liberdade, o jogo da Bandai pretende tocar a veia nostálgica das gerações anteriores, além de atrair os mais novos. Com adições de micro-jogos e mais personalização, esta é uma prova de que assim como a moda, de que os jogos são uma tendência circular.

Por quê? Basicamente, porque as pessoas que jogaram pela primeira vez como crianças agora têm dinheiro para comprá-lo sem pedir permissão para mãe ou pai.

Quero dizer, olá Pokémon, certo?

2) Reconhecimento facial molecular

Nós já criamos alguns dos melhores algoritmos para reconhecer os rostos. E apesar dos problemas graves de parcialidade, ainda precisamos enfrentar o fato de que eles continuam permeando toda a nossa sociedade. Dos animojis para entender se um cliente está feliz ou não, o reconhecimento facial deve se tornar uma das tecnologias mais onipresentes. Agora, o mesmo conceito vai para novos lugares desconhecidos.

Uma equipe interdisciplinar de pesquisadores da Universidade da Califórnia, San Diego, desenvolveu um método para identificar as estruturas moleculares de produtos naturais. Isto é significativamente mais rápido e mais preciso do que os métodos existentes. O método funciona como reconhecimento facial para estruturas moleculares. Sim, o reconhecimento facial molecular vai existir.

O método denominado SMART, que representa a tecnologia de reconhecimento preciso de pequenas moléculas, tem potencial para acelerar o processo de identificação da estrutura molecular em dez vezes. Imagine combinar isso com as possibilidades que já existem no método CRISPR. Não vamos nos enganar, em pouco tempo, nós estaremos nos metendo com nossa biografia escrita e com a digital. Além de todas as consequências que isso pode trazer.3) Projeto Red-Space

A mobilidade é um dos temas-chave que a sociedade precisa resolver nos próximos anos, e uma que está sendo abordada de várias frentes. Dos carros elétricos de Tesla, às iniciativas de transporte aéreo de Uber em Los Angeles, a gama de desenvolvimentos nesta vertical cresce a cada minuto. O Projeto Red-Space é um dos mais recentes neste sentido a ser observado. Ele surgiu para otimizar o tempo de deslocamento nas grandes cidades chinesas.

A matemática é simples: mais carros equivalem a mais tráfego, o que equivale a congestionamento no trânsito. Somente na China, dez cidades têm mais pessoas do que Nova Iorque, então veja a bagunça que será nos próximos anos. Assim, em vez da rede de túneis que Elon Musk está atualmente tentando desenvolver, a proposta do Red-Space se adapta ao problema, criando uma solução de estilo de vida com valores ambientais que proporcionam aos passageiros um espaço que melhora diariamente de dentro para fora. Provavelmente um dos projetos mais interessantes de 2017.

4) Airbnb e a sociedade consciente

A inclusão é um dos principais tópicos que precisamos abordar como sociedade, a fim de criar um futuro mais sustentável e harmonioso. Na sequência dessa liderança, a Airbnb juntou-se à News Deeply, uma plataforma de notícias, para criar e instalar um kit de pesquisa para criativos. A instalação é chamada de “Shadow to Light” e foi exibida durante a San Francisco Fashion Week. Os participantes reconheceram seus preconceitos e tiveram de lidar com suas limitações, além de fazer perguntas que desafiaram suas perspectivas.

A partir dessa experiência, a equipe criou o Another Lens, um kit de ferramentas que visa ajudar os criativos na busca por desenvolver experiências mais inclusivas para todos. Com base em três princípios orientadores (abaixo) e composto por 16 questões guias, o objetivo do projeto é trazer informações e itens acionáveis ​​para um mundo melhor.

Um recurso para o design inclusivo. Um imperativo para as marcas e para o mundo.

Afinal, temos a responsabilidade de lidar mais gentilmente uns com os outros.

Os três princípios orientadores são:

  • Balance seu viés
  • Considere o contrário
  • Abrace uma mentalidade de crescimento

5) RFind: localização extrema para bilhões de itens

O mesmo lugar que nos deu Guitar Hero e os primeiros wearables, agora está nos dando um vislumbre do que poderia se tornar o fim de “Onde estão a porcaria das minhas chaves?” A RFind é uma nova tecnologia que permite localizar quase qualquer objeto com extrema precisão transformando adesivos sem fio de baixo custo e sem bateria em radares poderosos. Em um nível mais elevado, a tecnologia funciona medindo o tempo que o sinal leva para viajar do adesivo sem fio para um ponto de acesso. Ao levar em conta a velocidade de propagação da luz, podemos então mapear o tempo para um local exato (com precisão de centímetro) no espaço 3D.

A explicação vai mais adiante que o buraco do coelho de Alice, mas o essencial é bastante básico e útil.

Então, pode sim pensar no dispositivo sonar do Dark Knight, apenas mais barato e com menos gadgets voadores.

Este conteúdo é oferecido pela MediaMonks, sob curadoria do creative strategist Edwin Rager.